Atitude positiva faz a diferença durante tratamento do câncer

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O diagnóstico de um câncer já é, por si só, difícil e pode trazer sentimentos variados como tristeza e medo, mas também esperança e coragem. O contexto de um diagnóstico e tratamento do câncer não traz, obrigatoriamente, uma depressão. Sentir-se triste e amedrontado, segundo a psiquiatra Débora Sena, são reações normais nesse momento delicado, assim como seriam num contexto de luto, por exemplo.

O fato é que sentimentos como esperança e força podem ser “combustíveis” para a luta contra o câncer. Por outro lado, sentimentos negativos podem ser impulsionadores de um adoecimento da saúde mental. “Sabemos que a pessoa adoeceu quando a tristeza se torna algo que paralisa e quando surgem alterações do sono e apetite e pensamentos de morte”, aponta a especialista.

A médica explica que a saúde mental influencia no tratamento de qualquer doença, em especial na oncológica. “A saúde mental pode adoecer pela depressão, pela ansiedade, pela síndrome do pânico, pela insônia, entre outros. Alguns dos sintomas psiquiátricos que podem surgir nesses transtornos são tristeza, sensação de cansaço, dores crônicas, choro, desesperança, alterações do sono e/ou do apetite, pensamentos recorrentes sobre morte, sensação de sufocamento ou falta de ar, pessimismo e medo intenso”, elucida.

Nesse sentido, doutora Débora faz um importante alerta: qualquer doença, seja oncológica ou não, na presença de sintomas como esses, pode evoluir de maneira pior do que evoluiria num contexto de otimismo, boas noites de sono e sentimentos de esperança. Manter uma atitude positiva nem sempre é fácil, mas faz a diferença. “O diagnóstico de câncer não deve ser encarado como uma sentença de morte. O tratamento varia bastante e muitas vezes, felizmente, há possibilidade de cura”, ressalta.

A psiquiatra aponta para atitudes que podem ajudar a manter uma postura positiva durante o momento delicado do tratamento do câncer. “Tentar manter as atividades usuais na medida do possível; buscar estar próximo de familiares e amigos, evitando o isolamento; caso tenha uma religião, buscar fortalecer a fé e a esperança; buscar realizar atividades que aprecia; respeitar os próprios limites e descansar sempre que possível”, alista. “Caso a tristeza se torne pesada demais, o choro e o desânimo frequentes, um profissional de saúde mental pode e deve ser consultado. Ajuda sempre é bem-vinda!”, reforça.

 

#TODOSCONTRAOCÂNCER
“Deixe o medo e o preconceito de lado e diga sim à sua saúde, aderindo à campanha de prevenção dos cânceres de mama e próstata!”

Doutora Débora Sena atende na Clínica Cachoeiro de Neurologia (CCN), localizada na Rua Dr. Raulino de Oliveira, 56, Centro, Cachoeiro de Itapemirim. Telefone: (28) 3511-1113.



A revista Viver! é publicada mensalmente há mais de 17 anos com circulação no Espírito Santo. Trata-se de uma das mais importantes revistas de saúde do Brasil, com centenas de especialistas em prol do dilema "Informação que faz bem".


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