Reabilitação fonoaudiológica em idosos ajuda paciente e família

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Foto: Erika Medeiros

Cada vez mais os idosos estão procurando ajuda para identificar a perda auditiva, colocar o aparelho e se adequar ao seu meio social. Alguns questionamentos muito frequentes dos pacientes e familiares aparecem neste momento. Só o aparelho auditivo é o suficiente? Depois da adaptação sua audição se torna tão eficiente quanto ao de um ouvinte normal? Estará apto para ouvir em lugares barulhentos?

“A adaptação de aparelhos auditivos em pessoas idosas é um desafio. Depende muito da equipe que o acompanha desde o diagnóstico da perda auditiva, da adaptação, da escolha do aparelho auditivo e dos cuidados que esta pessoa vai ter depois de receber o aparelho”, expõe a fonoaudióloga Maiumy Grechi Leal.

A profissional ressalta que o organismo da pessoa idosa é mais lento, ocorre baixa de metabolismo, de visão e de propriocepção. E isso pode vir acompanhado de perda auditiva de alterações labirínticas, dentre outros problemas. “Então, quando a adaptação do aparelho auditivo no idoso acontece, o organismo tem que se adaptar e precisa de um período de aclimatização, pois ele vai ter incômodo com ruídos e os sons do ambiente vão estar todos em evidência”, explica.

De acordo com Maiumy, a reabilitação fonoaudiológica intervém com treinamento auditivo, ajudando o paciente a aprender a identificar e diferenciar os ruídos do ambiente e os sons da fala e a trabalhar a leitura labial como um facilitador do processo. Também orienta o posicionamento do aparelho para uso telefônico, e sobre o suporte da família. “O aparelho auditivo não é um ouvido novo, mas é um mecanismo de amplificação sonora que dá o apoio para a pessoa ouvir melhor”, esclarece.

Ainda segundo a fonoaudióloga, é muito importante salientar o trabalho em equipe com outras áreas profissionais, como o psicólogo, que pode intervir na aceitação do uso do aparelho auditivo, pois pessoas idosas se constrangem ao saber que têm que usar o aparelho, por questões estéticas. “O fisioterapeuta atua na propriocepção e fortalecimento muscular – pois a perda auditiva em idosos pode vir acompanhada de sintomas labirínticos, como tontura e vertigem – e no trabalho corporal com um todo, melhorando muito a qualidade de vida desse sujeito”, expõe.

“Sempre devemos nos lembrar que o indivíduo não é um conjunto de sintomas, mas sim uma pessoa que está ali precisando de orientação e cuidados”, declara a profissional. “E quando trabalhamos em equipe para o seu bem-estar, conseguimos melhores resultados e, assim, uma satisfação imensurável”, completa.

Maiumy Grechi Leal, Fonoaudióloga – Especialista em Audiologia

Atende na APAE de Cachoeiro de Itapemirim

Consultório no Ed. Arpoardor – sala 606

Tel: 028-99917-0754



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