Síndromes depressivas e demenciais são prevalentes em idosos

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  • Por Carla Roberta do Nascimento Vargas

Psicóloga cognitivo-comportamental

 

Quando se fala ou pensa em “envelhecimento” muitas dúvidas surgem. Para muitas pessoas envelhecer significa o fim da vida. Trata-se de uma etapa da vida realmente recheada de questionamentos sobre como o corpo e a mente irão se adaptar a essa nova realidade. Assim, cuidar da saúde mental torna-se o ponto central do processo de envelhecimento.

Os anos a mais que a população está vivendo têm impacto direto na sua qualidade de vida, principalmente se estes anos forem marcados de sofrimentos: doenças, declínio social e funcional, aumento da dependência, perda da autonomia, isolamento social e depressão. Para se ter qualidade de vida, são necessários pré-requisitos básicos: alimentação adequada, água limpa, segurança econômica básica, acesso aos serviços de saúde e principalmente uma rede de apoio familiar.

Logo, envelhecer sem qualidade de vida, pode proporcionar uma velhice deficitária no âmbito da saúde mental. As síndromes depressivas e demenciais são os problemas mais prevalentes dessa população e vão depender do estilo de vida de cada um, além da genética.

A depressão em idosos pode acontecer de forma não-convencional. Entre as principais manifestações estão: dificuldade para alimentar-se da forma correta, problemas para dormir (insônia), queixa de dores físicas, problemas de memória e querer isolar-se ou manter-se recluso.

Já as demências referem-se ao declínio da capacidade cognitiva associado à perda da capacidade de executar tarefas do dia a dia. Corresponde a uma alteração progressiva de áreas do cérebro, resultando em alterações da memória, comportamento, linguagem e personalidade, interferindo diretamente na qualidade de vida da pessoa.

Envelhecimento é um processo normal e dinâmico e, apesar de este ser inevitável, as condições crônicas e incapacitantes que geralmente o acompanham, podem ser prevenidas ou retardadas, não somente com psicoterapia, mas também intervenções médicas, sociais e econômicas.



Editora da revista Viver!, uma das mais importantes revistas de saúde do país. A publicação Sul capixaba circula mensalmente há mais de 17 anos.


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