Tratamento minimamente invasivo do descolamento da retina

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O descolamento da retina é uma das doenças mais graves que acometem os olhos e é considerado um caso de urgência oftalmológica. Quando a retina se descola da parede do globo ocular, sua capacidade de captar a luz fica prejudicada e a visão perde a nitidez. É uma doença grave, porque existe risco de perda total da visão, de forma irreversivel.

Segundo o oftalmologista Marcelo Laender Abrantes, da clínica Cemes, a patologia ocorre usualmente em pacientes após os 40 anos. “As pessoas que apresentam maior possibilidade de desenvolvê-la são as que possuem história de descolamento de retina na família, que têm alta miopia ou glaucoma, que se submeteram à cirurgias intraoculares,  foram acometidas por inflamações oculares graves (toxoplasmose, por exemplo) ou complicações do Diabetes”, enumera.

Ainda de acordo com o especialista, outros fatores de risco são traumas oculares ou acidentes que resultem em ferimento, pancada ou batida forte no olho, na face ou na cabeça. “O tratamento do descolamento da retina pode ser realizado, em casos precoces, com fotocoagulação com laser, procedimento minimamente invasivo, mas que infelizmente só é efetivo se realizado nas fases iniciais do problema”, aponta.

Doutor Marcelo esclarece que após acontecer a progressão do descolamento, o tratamento é sempre cirúrgico, sendo realizada a retinopexia penumática em casos menos graves e a vitrectomia em casos mais complexos. “Procurar ajuda médica é essencial para que o especialista defina a melhor conduta de tratamento”, reforça.

A vitrectomia é uma técnica cirúrgica muito utilizada para doenças da retina. Conforme explica o médico, consiste na remoção do corpo vítreo do olho (gel que preenche a porção posterior do globo ocular). É indicada no tratamento de doenças como Descolamento de Retina, Buraco Macular, Membrana Epirretiniana, Síndrome de Tração Vítreo-macular, hemorragias vítreas, Retinopatia Diabética em estágios avançados, oclusões venosas, entre outras.

 

Aliado importante

Os pacientes do sul do Espírito Santo ganharam um importante aliado para combater esta patologia. A moderna cirurgia vitreorretiniana, que já é rotina na Cemes, permite o uso da nova plataforma cirúrgica “Constellation”. “Este equipamento de tecnologia sem precedentes é considerado o mais avançado e moderno do mundo na modalidade de procedimento vítreorretinianos. Está presente nos principais centros oftalmológicos do mundo, e agora, em Cachoeiro de Itapemirim”, relata doutor Marcelo.

O oftalmologista informa que o sistema do Constellation permite realizar cirurgias com equipamentos de calibre 23 e 25 gauge, atingindo-se uma velocidade de 7.500 cortes por minuto, enquanto todos os outros aparelhos disponíveis no mercado chegam a 2.500 cortes. “Isso representa mais rapidez, segurança, menor risco de infecções, pós-operatório com menos riscos de intercorrências e recuperação mais rápida da visão, minimizando sofrimento e desconforto do paciente, que não leva pontos no olho, tem recuperação rápida e de uma forma muito mais efetiva”, comemora o médico da Cemes.

 

O oftalmologista Marcelo Abrantes

Foto por Erika Medeiros



Editora da revista Viver!, uma das mais importantes revistas de saúde do país. A publicação Sul capixaba circula mensalmente há mais de 17 anos.


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