Conheça as abordagens disponíveis para tratar o ceratocone

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O ceratocone é uma doença da córnea, não inflamatória, que acomete geralmente o adolescente ou adulto jovem e se caracteriza por um afinamento e deformação progressiva na curvatura da córnea. Em sua maioria, leva ao aparecimento de miopia e elevado grau de astigmatismo irregular com queda da acuidade visual em graus variáveis.

“Os sintomas apresentados pelo paciente no início da doença são desconforto visual, dor de cabeça, fotofobia, baixa da acuidade visual e troca frequente das lentes dos óculos, com queixa de que os óculos nunca ficam confortáveis”, revela o oftalmologista Eduardo Abib, da clínica Cemes. “O ceratocone tem íntima associação com alergia e o prurido (coceira) ocular pode ser um dos fatores que desencadeiam a doença”, diz.

De acordo com doutor Eduardo, quanto mais cedo é o surgimento, geralmente mais severa é a doença. Portanto, o diagnóstico precoce é de grande importância e pode ser feito em uma consulta de rotina associada a exames complementares, como a Topografia. “Atualmente temos diversos tipos de tratamento, que variam de acordo com a severidade da doença”, aponta.

Segundo o especialista, muitos pacientes assustam-se com o diagnóstico de Ceratocone no consultório. Ao contrário do que se pensa, porém, trata-se de uma doença que pode ser controlável e bem manuseada em suas diversas fases. “As pessoas que possuem Ceratocone não devem ficar apreensivas, pois geralmente são obtidos bons resultados com os vários tipos de abordagens”, expõe.

Atualmente, as opções para o tratamento incluem lentes de contato rígidas, Anel Intra estromal, CrossLinking (laser que visa estabilizar a doença) e em último caso, o transplante de córnea. Comentando sobre o Crosslinking, o médico conta que ele é atualmente o mais moderno tratamento para impedir a progressão da doença, evitando assim, uma perda visual mais severa.

Doutor Eduardo ressalta que há numerosos estudos de segurança e eficácia do Crosslinking para Ceratocone progressivo. “A forma da córnea normalmente tem se estabilizado três meses após a cirurgia, tornando-se mais plana em grande parte dos casos. Estas melhorias na forma da córnea e alterações na visão parecem continuar por mais de seis anos”, relata.

Sobre o procedimento, o oftalmologista explica que consiste na aplicação de luz UV associada a um fotoindutor (Riboflavina- Vit B2), gerando uma reação fotoquímica na córnea, enrijecendo as lamelas corneanas e impedindo, desta forma, a progressão do Ceratocone. “O procedimento é realizado dentro de um centro cirúrgico sob anestesia tópica com colírio anestésico”, informa. Vale lembrar que a não progressão da doença é fundamental para garantir uma melhor qualidade de vida futura, e é aí que se insere o Crosslinking.

“Outra ótima opção visando a melhora visual do paciente são atualmente as lentes rígidas esclerais, que geram maior conforto, pois mantêm uma melhor lubrificação ocular e melhor qualidade visual”, expressa doutor Eduardo. “Muitas vezes a combinação do Cross Link com a posterior adaptação das lentes esclerais garante um ótimo resultado visual final para o paciente”, conclui.

 

SER MÉDICO É…

” É gostar de gente, é colocar em prática o amor ao próximo. É fazer sempre o bem sem olhar a quem”.

Dr. Eduardo Abib atende na Rua José Paes Barreto, 06 – CEMES – Centro, Cachoeiro de Itapemirim. Telefones.: (28) 3522-3557/3522-811 (CEMES Cachoeiro); (28) 3522-2993 (CEMES Alegre) e (28) 2101-6348 (Unimed CEU).

Foto por Erika Medeiros

 

 

 

 



Editora da revista Viver!, uma das mais importantes revistas de saúde do país. A publicação Sul capixaba circula mensalmente há mais de 17 anos.


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