Mulheres estão mais suscetíveis a doenças do quadril, diz ortopedista

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Devido a anatomia feminina, as mulheres são um pouco mais suscetíveis do que o sexo masculino no que diz respeito ao surgimento de doenças do quadril. Isso porque possuem, normalmente, a bacia ligeiramente mais larga, lordose lombar mais acentuada e a musculatura menos desenvolvida que a dos homens. Outro fator que contribui para os problemas relacionados ao quadril no sexo feminino é a menopausa, que causa alterações hormonais e deixa os ossos mais frágeis, predispondo a osteoporose e, consequentemente, fraturas.

O ortopedista especialista em cirurgia do quadril da Ortotrauma, doutor Juliano Paradela, explica que alguns fatores de risco evitáveis também estão entre as causas de lesões no quadril. “O uso de calçados inadequados e o sedentarismo podem ocasionar essas lesões”, aponta. O médico explica que, atualmente, as mulheres estão mais preocupadas com a prática de atividade física, o que é ótimo. Porém, é preciso ter cuidado para que exercícios de carga, como o agachamento, sejam feitos com supervisão adequada para evitar sobrecarga da região do quadril, causando assim lesões.

Tendinopatia dos glúteos, bursite trocantérica e bursite do iliopsoas entram na lista de doenças do quadril comuns no sexo feminino – alista doutor Juliano. “Em mulheres de idade mais avançada, podem ocorrer também a artrose e osteoartrite do quadril”, aponta. “Há maior prevalência, também, de artrite reumatoide e algumas patologias tumorais como o mieloma múltiplo”, acrescenta.

Sobre os sinais e sintomas das doenças que afetam o quadril, o especialista destaca a dor. “Na grande maioria das vezes, quando há algum problema em qualquer articulação do corpo, a dor é um sintoma importante. No caso do quadril, trata-se de uma dor específica, que geralmente acontece quando a pessoa realiza movimentos de flexão e rotação da perna”, explica. “Outros sintomas são estalidos na região, sensação de deslocamento, além da diminuição da amplitude de movimento do quadril”, completa.

O diagnóstico, conforme explana o ortopedista, é feito primeiramente com o exame clínico. Feita a anamnese e suspeitando de alguma patologia, pode ser solicitado um exame complementar para confirmar ou afastar o diagnóstico. Alimentação balanceada, manter-se no peso adequado e praticar atividade física supervisionada por profissionais – realizando reposição de vitamina D se necessário –, além de acompanhamento médico, são medidas essenciais para prevenir problemas, mantendo a saúde do quadril em dia.

(foto: Jonathan Lessa)



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