Prevenção e opções de tratamento para deficiências auditivas

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Em todas as etapas da vida, a comunicação e a boa saúde auditiva nos conectam às nossas comunidades e ao mundo. Normalmente não damos muita importância aos nossos ouvidos. Não pensamos em como eles funcionam, ou o que faríamos caso não escutássemos mais. Ao escutar, captamos milhões de sons todos os dias. Mesmo aqueles que não registramos, são processados e classificados por nosso cérebro como ruído.

“Muitos casos de perda auditiva ocorrem no nascimento ou nos primeiros anos de vida. Estes são tipicamente genéticos, ou causados ​​por complicações durante a gravidez ou nascimento”, explica a fonoaudióloga Jakliny Leal Scarpi, da Fonocenter. “Por isso a importância de se realizar a triagem auditiva neonatal, o teste da orelhinha e, se indicado, exames mais específicos”, argumenta.

De acordo com a profissional, doenças como meningite, sarampo ou caxumba também podem causar perda auditiva. Nesses casos, é recomendado realizar uma avaliação auditiva assim que houver liberação médica. No entanto, muitas pessoas desenvolvem perda auditiva mais tarde devido a infecção, hipertensão, diabetes, presbiacusia (perda auditiva pela idade) ou exposição a ruídos intensos em longo prazo, por exemplo.

“Se você está preocupado com sua audição, a maneira de evitar a perda auditiva é estar ciente do ambiente ao seu redor e evitar algumas situações. Use protetores auditivos se você trabalhar em um ambiente com sons intensos, como áreas de tiro ou locais de construção, por exemplo”, orienta a fonoaudióloga. “Se você ouve regularmente música alta nos alto-falantes ou nos fones de ouvido, diminua o volume ou não use mais. Muitos jovens sofrem de perda auditiva e zumbido, devido à superexposição a música alta”, alerta.

A única maneira de tratar a perda auditiva, conforme expõe Jakliny, é a reconhecendo e procurando por ajuda. No entanto, muitas pessoas convivem com perda auditiva por tanto tempo que elas não sabem reconhecê-la. “O cérebro humano é extremamente bom em adaptação e ao longo do tempo acaba se ajustando para acomodar sua perda auditiva. No entanto, quanto mais tempo você passar sem tratamento, mais intensa será a condição”, argumenta.

Portanto, para evitar danos, você deve agir. A fonoaudióloga recomenda: faça testes auditivos com frequência e não hesite em falar com um fonoaudiólogo ou otorrinolaringologista se achar que pode haver um problema em sua audição. Se você desenvolver alguma forma de perda auditiva, diagnosticar e tratar logo no início pode evitar danos adicionais e evitar o estresse, problemas mentais e outros efeitos colaterais.  ConscientizaçãoO Dia Mundial da Audição, celebrado em 03 de março, serve para que possamos nos conscientizar dos riscos e buscar prevenção. Trata-se de uma campanha realizada anualmente pelo Escritório de Prevenção da Cegueira e Surdez da Organização Mundial da Saúde (OMS).  

A fonoaudióloga Jakliny Scarpi

Foto por Erika Medeiros

 



Editora da revista Viver!, uma das mais importantes revistas de saúde do país. A publicação Sul capixaba circula mensalmente há mais de 17 anos.


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