Tabagismo é um dos principais fatores de risco para câncer de pulmão

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Foto por Erika Medeiros

Atualmente, sabe-se que o tabagismo é a principal causa de morte evitável no mundo. “Nenhuma doença mata mais gente do que o tabagismo. Trata-se, de longe, do principal responsável pelo câncer de pulmão – aproximadamente 90% dos casos têm relação com o tabaco”, revela o oncologista José Zago Pulido. Os números relacionados ao câncer de pulmão no país são assustadores: a doença afeta anualmente 30 mil pessoas no Brasil e representa a causa número 1 de morte por câncer.

Os sintomas, conforme relata doutor Pulido, geralmente surgem na fase avançada da doença. “Na fase inicial, usualmente, não apresenta sintomas e é detectado nos exames de rastreamento ou quando a pessoa realiza um exame de imagem do pulmão por outro motivo e detecta um câncer de pulmão (chamamos isso de achado incidental)”, explica.

O especialista esclarece que os sintomas mais comuns são tosse persistente, com ou sem sangue, dor persistente e localizada no tórax, falta de ar progressiva e rouquidão. “O diagnóstico precoce só é possível com programas de rastreamento bem implantados. A recomendação atual para rastreamento mais adotada é a do United State Preventive Services Task Force (USPSTF), que recomenda a triagem anual para câncer de pulmão com tomografia de baixa dose (LDCT) em adultos com idades entre 50 e 80 anos e que tenham história de tabagismo de 20 maços ao ano e continuam fumantes ou pararam de fumar há menos de 15 anos”, explana.

Ainda de acordo com o oncologista, a triagem deve ser interrompida quando a pessoa não fuma há mais de 15 anos ou desenvolve um problema de saúde que limita substancialmente a expectativa de vida, capacidade ou aceitação de realizar uma cirurgia pulmonar curativa. “Os principais tratamentos para esse tipo de câncer são cirurgia, radioterapia, quimioterapia e imunoterapia. As chances de cura têm relação direta com o estágio inicial e podem ser alcançadas com cirurgia”, aponta.

Combate ao fumo

Felizmente, no Brasil, a prevalência do tabagismo está diminuindo. Mas ainda assim está longe de ser o ideal. Vale ressaltar que o termo “tabagismo” não está relacionado apenas ao cigarro, mas também ao cachimbo, charuto, mascar fumo, fumar maconha e, é claro, ao cigarro – esclarece doutor Pulido.

“O pior é que a maioria inicia o hábito na adolescência. O tabagismo é responsável por 30% das causas de morte por câncer, sendo o principal fator de risco para vários tipos de câncer, principalmente o câncer de pulmão. As campanhas são fundamentais para alertar a população a respeito dos riscos deste mau hábito”, reforça o médico. “A vida é feita de escolhas. Faça a escolha certa: diga não ao tabagismo!”, incentiva.



Editora da Revista Viver! - Jornalista há mais de 15 anos, atua também na área de Marketing Digital como social media.


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