Tratamentos melhoram sintomas e proporcionam o controle da asma

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Doença que afeta cerca 235 milhões de pessoas no mundo de acordo com a OMS, a asma é uma doença inflamatória das vias aéreas que causa sintomas como chiado, falta de ar, aperto no peito e tosse que variam em intensidade e frequência. Os sintomas são resultado da dificuldade da passagem do ar pelas vias aéreas e aumento na produção de muco.

A pneumologista Jaqueline Lunz explica que os sintomas da asma podem ocorrer de forma contínua ou intermitente e tendem a piorar durante a noite e pela manhã. São responsáveis por limitação às atividades do dia-a-dia, perda de dias de trabalho ou escola, além de crises que podem exigir atendimentos de urgência, inclusive com necessidade de internação e risco de vida.

Segundo a especialista, a causa exata da asma ainda não é conhecida, mas acredita-se que é causada por um conjunto de fatores genéticos (história familiar de alergias respiratórias – asma ou rinite) e ambientais. Quanto ao diagnóstico, é feito a partir da história clínica detalhada e exames complementares, principalmente para excluir diagnósticos diferenciais.

Infelizmente, a asma não tem cura. Entretanto, existem tratamentos que melhoram muito os sintomas e proporcionam o controle da doença. “Os principais precipitadores das crises de asma são infecções virais, exposição a alérgenos domiciliares ou ocupacionais (como poeira, pólen, pelo de animais e mofo), fumaça de cigarro, exercício, mudanças bruscas de temperatura e estresse”, aponta a médica.

Constituindo-se a doença crônica mais comum da infância, a asma é responsável por um número representativo de internações hospitalares no país. O tratamento, que é individualizado e periodicamente revisto pelo médico, geralmente é feito com dois tipos de medicação: a medicação controladora ou de manutenção, que serve para prevenir o aparecimento dos sintomas e evitar as crises e a medicação de alívio ou de resgate, que alivia os sintomas quando houver piora da asma.

“Essas medicações são administradas na forma de dispositivos inalatórios, popularmente conhecidos como ‘bombinhas’, que não viciam, nem fazem mal para o coração, como alguns acreditam”, ressalta doutora Jaqueline.

 

Seis dicas

Ainda conforme salienta a pneumologista, algumas orientações são importantes no tratamento da doença, tais como:

– Evitar o contato com gatilhos como poeiras, fumaças do cigarro, pelo de animais, mofo, pólens, poluentes no trabalho, etc.;

– Usar diariamente a medicação controladora, quando indicada;

– Praticar regularmente atividade física;

– Evitar excesso de peso;

– Vacinação;

– Consultar periodicamente seu médico.

Foto por Erika Medeiros



Editora da revista Viver!, uma das mais importantes revistas de saúde do país. A publicação Sul capixaba circula mensalmente há mais de 17 anos.


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