A Odontologia Hospitalar atua em pacientes que necessitam de atendimento em ambiente hospitalar, internados ou não, ou que necessitam de assistência domiciliar. O projeto de lei, PL 34/2013 obriga os hospitais públicos e privados de médio e grande porte a oferecerem assistência odontológica a esses pacientes.
“Desde 2015 o CFO reconheceu a odontologia hospitalar, desde que o dentista seja habilitado para tal função, onde o mesmo atua complementando atuação do cirurgião buco-maxilo-facial, que é o responsável pelo tratamento cirúrgico das doenças, traumatismos, lesões e anomalias congênitas ou adquiridas das estruturas crânio faciais”, explica doutora Luciana Arpini, cirurgiã-dentista habilitada em odontologia hospitalar e laserterapia.
A especialista ressalta que o dentista habilitado em odontologia hospitalar é importante na prática de cuidados diários, auxiliando a equipe multiprofissional na redução de infecções hospitalares, principalmente em pacientes imunossuprimidos ou em paciente que serão submetidos à cirurgia ou tratamento anti-neoplásico. “Além disso, sua atuação é fundamental no tratamento de infecções oportunistas pré-existentes, já que infecções bucais podem levar a infecções nasocomiais importantes no controle das doenças bucais, principalmente nos pacientes submetidos à radioterapia de cabeça e pescoço, quimioterapia, cirurgias cardíacas, renal, hepáticas em hemodiálise, entre outras”, expressa a odontóloga.
Os principais agravantes dos pacientes que se encontram em UTI, conforme elucida doutora Luciana, são o trismo, agensia, disgensia, infecções virais, mucosites, candidíase, hipossalivação, sangramento devido a lesões por trauma, entre outros.
“A presença do dentista pode contribuir para alívio da dor orofacial, comprometimento nutricional, prevenção e tratamento dos focos infecciosos oportunistas, ajudando no alívio do sofrimento e melhor qualidade de vida”, conclui.