Escleroterapia com espuma trata varizes sem cortes e internação

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Antes de abordar sobre o tratamento da escleroterapia com espuma, vale ressaltar que as varizes são dilatações das veias com consequente mal funcionamento delas. Gerando em alguns pacientes, queixas de caráter estético, dores, queimação, sensação de peso e até feridas nas pernas (as famosas úlceras varicosas). Conforme explica o angiologista e cirurgião vascular André Victor Gouveia, do HECI, trata-se de uma doença crônica, que acomete as mulheres em maior frequência, tendo um forte componente genético e predisposição familiar.

“Atualmente existem vários métodos e técnicas (cirurgia, radiofrequência e laser) que trazem um resultado pouco superior para o tratamento das varizes, de alto custo para o paciente. Sendo que o tratamento cirúrgico convencional ainda é o procedimento mais realizado pelos cirurgiões vasculares brasileiros”, revela o médico.

Segundo doutor André, o método da espuma já é antigo, porém, melhor estudado e praticado nos dias atuais. Consiste em sessões, onde o especialista aplica uma medicação em forma de espuma dentro dos vasos dilatados, com auxílio de um aparelho de ultrassonografia, para obstruir o fluxo e destruir as varizes. “Tem como vantagens a não necessidade de internação hospitalar, cortes, jejum, anestesia, nem repouso após o procedimento, além de ser um procedimento de baixo custo”, argumenta.

O angiologista explica que em média são necessárias de três a seis sessões, a depender de cada caso. Com relação aos cuidados que o paciente deve ter após cada sessão da escleroterapia com espuma, o especialista ressalta que se resumem ao uso contínuo de uma meia de compressão e retorno a cada sete dias para a revisão e nova sessão, caso necessário.

“Os estudos e a prática da técnica vêm mostrando uma melhor indicação naqueles pacientes que já operaram e apresentam recidiva das varizes, pacientes com ferida nas pernas, contraindicações para a cirurgia, idade avançada, pacientes que não queiram fazer a cirurgia devido o repouso e por motivos de trabalho, entre outros”, relata o médico. “Lembrando que cada paciente necessita da avaliação do angiologista e cirurgião vascular para indicar a melhor técnica para o seu caso”, completa.

 

Foto por Erika Medeiros



Editora da Revista Viver! - Jornalista há mais de 15 anos, atua também na área de Marketing Digital como social media.


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