Especialista explica os diferentes tipos de graus e seus sintomas

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O principal sintoma de que há algo errado e, provavelmente você precisará usar óculos, certamente é a dificuldade visual. A visão, seja de longe ou de perto, ou mesmo ambas, fica desfocada. Associado a isto, caso você sinta dor de cabeça, comece a franzir a testa, apertar os olhos e manifestar cansaço ao final do dia ou de uma leitura, é importante procurar um oftalmologista o mais breve possível.

O oftalmologista Fernando Lemgruber explica que existem três tipos principais de grau. “A miopia se manifesta com a dificuldade de visão para longe, a hipermetropia com a baixa de visão para perto e o astigmatismo desfoca a imagem tanto para longe (principalmente) como para perto”, relata.

Estes graus existem separados, em associações de miopia com astigmatismo ou hipermetropia com astigmatismo – informa o especialista. “Há também a chamada presbiopia, que é dificuldade de ver para perto que surge após os 40 anos de idade”, acrescenta.

É muito comum as pessoas associarem a dificuldade de visão com a necessidade de uso de óculos para corrigir um grau. De fato, essa é a causa mais comum, estatisticamente. Entretanto, é durante o exame oftalmológico que o médico, além de avaliar o grau, irá também avaliar a pressão intraocular e fazer uma avaliação das estruturas anatômicas da parte anterior e interna dos olhos.

“Logo, nessa consulta de rotina, muitas vezes outras doenças são descobertas e, com sua detecção precoce, é feito o tratamento a fim de preservar a visão”, revela doutor Fernando. “A consulta oftalmológica nunca pode se resumir apenas na avaliação do grau de óculos”, aponta.

Ao escolher os óculos, além do modelo de sua preferência, deve-se levar alguns fatores importantes em conta. Conforme orienta o oftalmologista, o formato dos óculos deve ser adequado ao rosto da pessoa. É fundamental que as hastes dos óculos, chamadas de “pernas”, não sejam estreitas e, com isso, apertem a região temporal da cabeça, bem como que a curvatura final se apoie na orelha, se estiver curta e machucando a mesma.

“O apoio da armação deve ser feito no nariz de forma que a parte inferior da lente não encoste na bochecha do paciente. Na parte anterior, o centro das lentes deve estar perfeitamente ajustado com o centro da pupila dos olhos”, relata o médico. “Para isso, é mandatória a realização do exame das medidas da distância naso-pupilar (DNP) e distância pupilar (DP) utilizando sempre o aparelho pupilômetro. Essas medidas devem ser realizadas pela óptica”, diz.

 

Diversas combinações

O paciente deve ser ouvido sobre a sua real necessidade, de acordo com a sua queixa de dificuldade visual, que pode estar na visão para longe, intermediário e/ou perto. De acordo com essa avaliação, os óculos podem ser prescritos nas seguintes combinações: Lentes separadas para apenas longe e/ou perto; lentes bifocais (longe e perto); lentes multifocais (longe, intermediário e perto); lentes “Office lens” ou de escritório (intermediário e perto).

 

O oftalmologista Fernando Lemgruber

Foto por Jonathan Lessa



Editora da revista Viver!, uma das mais importantes revistas de saúde do país. A publicação Sul capixaba circula mensalmente há mais de 17 anos.


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