A medicina nuclear é uma especialidade médica onde baixas doses de radiação são administradas com a finalidade diagnóstica e terapêutica. No diagnóstico, ao contrário das técnicas de imagem convencionais como radiografia, tomografia computadorizada, ultrassom ou ressonância magnética, a medicina nuclear tem como base a análise da função dos tecidos e de órgãos após a administração de pequenas doses de radiação.
Os exames mais comumente utilizados na medicina nuclear, conforme destaca o médico nuclear da HECI diagnósticos, doutor Gustavo Ambrósio, são: cintilografia óssea, miocárdica, pulmonar, cerebral, tireoide, renal, gástrica, varredura de corpo inteiro a procura de metástases, lesões primárias, entre outros. Como equipamentos base a gama câmara, utilizada na medicina nuclear convencional (fóton único) e tomografia por emissão de pósitrons – PET, sendo acoplado à tomografia computadorizada e ressonância magnética ou não.
Segundo o especialista, inúmeras doenças podem ser diagnosticadas pela medicina nuclear. “Dentre as principais, podemos citar as patologias do coração como insuficiência e isquemia; do cérebro, demências, tumores, epilepsia, Parkinson; na oncologia, tumores primários e metástases; na urologia como exclusão funcional, cicatriz, padrão obstrutivo e refluxo; no sistema endócrino no hipertireoidismo e nódulo na tireoide”, enumera.
“Ainda é indicada na gastroenterologia, em casos de refluxo, esvaziamento gástrico e avaliação de vias biliares; na ortopedia em tumores ósseos benignos e malignos, inflamação/infecção, fraturas, remodelamento ósseo em atividade e osteonecrose; no sistema pulmonar, em tromboembolismo pulmonar e infecção”, completa.
Doutor Gustavo relata que, de uma forma genérica, na grande maioria das vezes a medicina nuclear atua no diagnóstico e acompanhamento do paciente. “Um exemplo é na oncologia, na qual através de estadiamento, dados de resposta terapêutica e prognóstico das patologias, auxilia na escolha do melhor tratamento a ser seguido, podendo também atuar diretamente nas doenças através dos efeitos biológicos da radiação”, elucida.
Ainda conforme ressalta o médico, na cardiologia a medicina nuclear atua prevendo um evento isquêmico (infarto), avaliando a extensão de um infarto e sua repercussão funcional. Além de realizar avaliação pós angioplastia ou cirurgia de revascularização. “Também tem papel importante no tratamento de doenças benignas como hipertireoidismo, inflamação nas articulações, entre outros”, informa. São incontáveis os benefícios dessa área revolucionária da medicina!
Medicina nuclear no HECI
Segundo doutor Gustavo, o serviço de medicina nuclear que será inaugurado no Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim conta com o que há de mais moderno em equipamento para medicina nuclear convencional, colaboradores médicos capacitados e habilitados com treinamento em medicina nuclear convencional e híbrida. “Além de um projeto de expansão de métodos e tecnologias acompanhando os grandes centros do nosso país, contando com médicos presentes integralmente durante a realização dos exames, interagindo com as outras especializadas médicas, tudo isso para oferecer o que há de melhor para a população do Sul do nosso estado”, afirma.
O médico nuclear Gustavo Ambrósio
Foto por Erika Medeiros