LPF atua na prevenção e tratamento da incontinência urinária

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Foto: Felipe Moura

Se antes era um problema quase que exclusivo da terceira idade ou de pessoas acima do peso, hoje a incontinência urinária (IU) faz parte da realidade de muitas mulheres jovens e com IMC normal. Cerca de 50% da população feminina sofre com a perda involuntária de urina. E ao contrário do que sempre foi defendido, nem sempre o sedentarismo está por trás do problema.

Pesquisas apontam a prática mal orientada de atividades físicas como a principal causa do aumento da IU em mulheres jovens. Exercícios de alto impacto como Crossfit, corrida, step, jump e até mesmo Pilates e musculação, sem a orientação adequada de um profissional podem acarretar em um grande aumento da pressão intra-abdominal e intra-pélvica. Consequentemente, os órgãos são empurrados para baixo fazendo com que a mulher tenha perda involuntária de urina quando essa pressão interna aumenta – até mesmo ao tossir e espirrar.

Segundo a esteticista Elisandra Piovaneli, da Lismodeli, o tratamento da IU muitas vezes é feito através do fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico. Entretanto, muitas vezes o que a mulher incontinente precisa é da tonificação nesses músculos, não de força. “Precisa-se de um estado de semi contração do músculo em repouso, para que este tenha a competência de sustentar os órgãos internos. Além disso, a capacidade de contração involuntária dos músculos quando a pressão interna aumenta, é essencial”, explica.

Além do constrangimento causado pela perda involuntária de urina, a qual atrapalha a vida social da mulher, a IU prejudica também a vida sexual. Isso porque a presença dos órgãos para baixo inibe o prazer sexual, causando até mesmo dor e desconforto durante o ato. “A fim de tratar o problema, a cirurgia pode ser necessária em alguns casos. Muitas vezes, porém, é indicada sem real necessidade”, argumenta a profissional.

Uma ferramenta que tem se mostrado muito eficaz tanto na prevenção quanto no tratamento da incontinência urinária de esforço, conforme salienta Elisandra, é o LPF (Low pressure fitness). Trata-se de exercícios posturais e respiratórios, baseados em posturologia, técnica hipopressiva, neurôdinamica e cadeias miofascias. “Esses exercícios reposicionam os órgãos internos, diminuindo a pressão intra-abdomial e intra-pélvica ao mesmo tempo em que tonificam a musculatura estabilizadora lombo-pélvica”, esclarece.

Os benefícios

  • Sabe-se, pela histologia, que músculos do assoalho pélvico como o elevador do ânus, por exemplo, são constituídos prioritariamente de fibras de contração lenta (70% aproximadamente). Essas fibras são tônicas, resistentes e pouco fatigáveis, já que sua função é de sustentação;
  • Muitas evidências clínicas e pesquisas científicas já comprovaram a eficácia do LPF na prevenção e tratamento de IU, já que o método se mostra altamente eficaz para tonificar e melhorar a propriocepção dos MAP;
  • Mesmo nos casos que necessitam de cirurgia, a associação da mesma com um trabalho pré e pós-operatório de Low Pressure Fitness gera resultados ainda mais expressivos.


Editora da revista Viver!, uma das mais importantes revistas de saúde do país. A publicação Sul capixaba circula mensalmente há mais de 17 anos.


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