A intervenção fisioterapêutica no Mal de Parkinson e seus benefícios

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Doença neurológica, crônica e progressiva que atinge o sistema nervoso central, o Mal de Parkinson tem como maior característica o comprometimento dos movimentos. Quanto maior a faixa etária, maior a incidência da doença. De acordo com as estatísticas, na grande maioria dos pacientes, ela surge a partir dos 55 a 60 anos de idade e sua prevalência aumenta a partir dos 70 a 75 anos.

No dia 4 de abril comemora-se o Dia Nacional do Parkinsoniano. A data serve para conscientizar e alertar a população sobre o Mal de Parkinson, que não possui causa conhecida, cura e nem forma de prevenção. Porém, com as formas de tratamento disponíveis, é possível controlar os sintomas. Nesse sentido, a fisioterapeuta Kécila Mothé da Silva, da Vitalle fisio, relata que a fisioterapia tem um papel importante no tratamento da doença de Parkinson.

“A intervenção fisioterapêutica proporciona uma melhora no estado físico geral do paciente, tendo como objetivos principais a restauração ou manutenção da função e o incentivo à realização das atividades de vida diária (AVD’s) de forma independente, dando assim mais qualidade de vida ao paciente”, elucida a profissional.

Doutora Kécila ressalta que o fisioterapeuta deve atuar o mais precocemente possível, através de um plano de tratamento onde são destacados tais objetivos, como a redução das limitações funcionais causadas pela rigidez; lentidão dos movimentos e alterações posturais; manutenção ou aumento das amplitudes de movimento prevenindo contraturas e deformidades; melhora do equilíbrio, marcha e coordenação motora; aumento da capacidade pulmonar e resistência física geral; e prevenção de quedas.

Ainda conforme destaca a fisioterapeuta, é importante que toda a família esteja envolvida no tratamento do portador de Parkinson, para que as atividades também sejam encorajadas em casa, já que períodos prolongados de pausa podem comprometer os objetivos. Geralmente a fisioterapia será necessária por toda a vida, no entanto, isso não exclui a necessidade do tratamento medicamentoso indicado pelo geriatra ou neurologista.

Os sintomas

  • Sintomas Motores:
  • Tremores;
  • Bradicinesia (movimentos lentos);
  • Rigidez;
  • Perda da expressão facial;
  • Redução do piscar de olhos;
  • Alteração na fala;
  • Aumento da salivação;
  • Visão embaçada;
  • Micrografia ( caligrafia alterada/ as letras se tornam menores)
  • Incontinência urinária.
  • Sintomas Não motores:
  • Demência;
  • Depressão;
  • Ansiedade;
  • Alucinações;
  • Alterações no sono;
  • Raciocínio lento.

 

(foto: Jonathan Lessa)

 



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