Entenda o Transtorno de Ansiedade Generalizada

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Distúrbio caracterizado pela preocupação excessiva ou expectativa apreensiva, persistente e de difícil controle, que perdura por no mínimo seis meses.  Estamos falando do Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), que acomete 2 milhões de brasileiros a cada ano. Pode vir acompanhado de três ou mais sintomas, a saber: inquietação, fadiga, irritabilidade, dificuldade de concentração, tensão muscular e perturbação do sono.

De acordo com o psiquiatra Thiago Tahan, nesses casos o nível de ansiedade é desproporcional aos acontecimentos geradores do transtorno. Além disso, causa muito sofrimento e interfere na qualidade de vida e no desempenho familiar, social e profissional dos pacientes.

O especialista destaca que a ansiedade em si é uma reação natural diante de situações que podem provocar medo, dúvida ou expectativa. “É considerada normal a ansiedade que se manifesta, por exemplo, nas horas que antecedem uma entrevista de emprego, uma prova, a publicação dos aprovados num concurso, o nascimento de um filho, uma viagem, entre outras situações”, exemplifica.

Nessas circunstâncias, conforme explica o psiquiatra, a ansiedade funciona como um sinal que prepara a pessoa para enfrentar o desafio e, mesmo que ele não seja superado, favorece sua adaptação às novas condições de vida. Entretanto, quando esses sentimentos/sintomas persistem por longos períodos de tempo e passam a interferir nas atividades do dia a dia, a ansiedade deixa de ser natural e passa a ser patológica. É o transtorno de ansiedade generalizada (TAG).

Ainda segundo o psiquiatra, o TAG geralmente ocorre junto com outros problemas de saúde mental, que podem precisar de um diagnóstico e tratamento mais específicos. Alguns desses distúrbios incluem fobia, síndrome do pânico, depressão, TOC, transtorno de estresse pós-traumático e abuso de substâncias.

“A pessoa é capaz de perceber que tem algo de errado com ela. Entretanto, a família tem papel fundamental nesse sentido, visto que observa e também percebe que algo ‘diferente’ está acontecendo”, esclarece doutor Thiago. “A procura pelo tratamento, e seu sucesso, devem incluir profissionais de saúde mental – o psiquiatra e o psicólogo. O objetivo do tratamento é ajudar o paciente a agir normalmente na vida cotidiana, limitando suas preocupações”, orienta.

Tratando o TAG

O tratamento do distúrbio inclui o uso de medicamentos sob orientação psiquiátrica, associado à psicoterapia (que atua na linha conhecida como terapia cognitiva comportamental – TCC). Essa combinação é mais eficiente e tem melhores resultados do que uma técnica ou outra isoladamente. Bons hábitos de vida, como boa alimentação, prática de atividade física, e momentos de lazer também são importantes.



Editora da revista Viver!, uma das mais importantes revistas de saúde do país. A publicação Sul capixaba circula mensalmente há mais de 17 anos.


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