
Dr. Thiago Gusmão, neurologista infantil
A música tem sido identificada como uma força em
pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo, sendo um potencial auxílio
terapêutico. Nesse artigo científico relatado, foram avaliadas 51 crianças
autistas. 26 delas tiveram entre oito a 12 semanas de música, e as outras 25
crianças sem terapia musical. A intervenção musical envolveu o uso de
abordagens improvisadas por meio da música e do ritmo para direcionar a
comunicação social.
Os resultados: Escores de comunicação foram
maiores no grupo de música pós-intervenção. A conectividade funcional cerebral
no estado de repouso pós-intervenção associada foi maior nos grupos música em
comparação aos não-música. A conectividade cerebral pós-intervenção no grupo de música
foi relacionada à melhoria da comunicação.
Este estudo fornece a primeira evidência de que
oito a 12 semanas de intervenção musical individual podem, de fato, melhorar a
comunicação social e a conectividade funcional do cérebro, dando suporte a
futuras investigações de modelos neurobiologicamente motivados de intervenções
musicais no autismo.