Aferir pressão é essencial para diagnóstico da hipertensão

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Wagner Medeiros Junior

Economista e Especialista em Gestão de Saúde

A hipertensão arterial é dita pelos médicos como uma doença crônica silenciosa, que ocasiona em todo o mundo diversos agravos na saúde das pessoas, podendo levá-las à morte. O problema da hipertensão é que geralmente ela só é descoberta quando o paciente desenvolve uma doença mais grave, uma vez que não apresenta sintomas. Daí que seu diagnóstico precoce normalmente só é consumado através de check-up e consultas médicas periódicas.

Segundo o Ministério da Saúde (MS), quase um terço da população brasileira, em idade adulta, sofre de hipertensão. Entretanto, a maioria das pessoas não sabe que tem essa disfunção pelo simples fato de não medir a pressão. A recomendação é que em uma mesma consulta médica a pressão seja aferida por duas vezes, uma vez que fatores como estresse, ansiedade e problemas emocionais podem interferir na elevação da pressão sem caracterizar a hipertensão.

A pressão acima de 14 x 9 já é considerada alta, o que torna o grupo de hipertensos mais suscetíveis aos riscos e complicações da doença por diagnóstico tardio. Os principais agravos e riscos à saúde, pela literatura médica, são os acidentes vasculares cerebrais – popularmente conhecidos por AVC -, aneurismas, infartos do coração, lesões oculares graves e problemas renais crônicos. Muitas desses eventos têm consequências gravíssimas, inclusive o risco iminente de morte.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 51% das mortes por derrame e 45% das ocasionadas por problemas cardíacos são resultantes da hipertensão arterial. Muitas dessas mortes ocorrem sem que o paciente tenha se dado conta de que é hipertenso. Daí a necessidade dos cuidados primários com a saúde, de modo a evitar os prejuízos sociais decorrentes da alta mortalidade e os gastos com tratamentos terciários, que são mais complicados e de alto custo.

Então, para possibilitar o conhecimento maior sobre os problemas da hipertensão arterial e promover a conscientização da população o Ministério da Saúde estabeleceu o dia 26 de abril como o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão. Nesta data, todos os serviços médicos, de natureza pública e privada, deverão estar voltados a realização de campanhas, tendo como foco a orientação e o diagnóstico precoce.

O médico cardiologista José Knopfhoz, diretor do Centro de Qualidade de Vida (CQV), de Curitiba– PR, observa que a hipertensão tem tratamento e que o paciente pode levar uma vida normal. Segundo ele o tratamento é individualizado e geralmente combina medicações com mudanças no estilo de vida. Prática regular de atividades físicas e novos hábitos alimentares fazem parte da recomendação. Diz, ainda, que sobrepeso, sedentarismo e consumo excessivo de sal são fatores de risco, em especial para quem já têm predisposição genética à doença.

A prevenção continua a ser o método mais eficaz e barato de combater a hipertensão, aos moldes de muitas outras doenças. Contudo, após o diagnóstico é necessária a continuidade do tratamento, haja vista que muitas das complicações são causadas pelo abandono dos recursos terapêuticos. Portanto, é imprescindível a regularidade da ida ao médico para preservar a qualidade de vida, com plena saúde.



Editora da Revista Viver! - Jornalista há mais de 15 anos, atua também na área de Marketing Digital como social media.


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