Tire suas dúvidas sobre a implantação de próteses de silicone

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O cirurgião plástico Renato Harckbart – Foto por Erika Medeiros

Ter seios bonitos, firmes e valorizados é o sonho de muitas mulheres. E a cirurgia plástica, através da implantação de próteses de silicone, torna esse sonho possível. Um dos procedimentos mais realizados no mundo, é indicado quando há ausência de volume mamário (hipomastia) ou em pacientes que querem corrigir a flacidez da mama e realizam mamoplastia associada à colocação de próteses. Outra indicação é quando há necessidade de retirar o tecido mamário após um câncer de mama.

Muitas dúvidas surgem ao decidir colocar silicone. Uma delas é sobre o tamanho da prótese. Segundo o cirurgião plástico Renato Harckbart, a escolha depende do resultado almejado. “Existem pacientes que querem mamas grandes, já outras querem um resultado natural, que não pareça que tem prótese. Cabe ao cirurgião analisar o desejo da paciente levando em conta também as características individuais da mama”, explica.

Para ter uma ideia melhor de como os seios ficarão após a cirurgia, hoje existe um simulador no qual a paciente pode identificar o volume dos seios que mais lhe agrada, ajudando na escolha. Próteses acima ou por baixo dos músculos? Conforme salienta doutor Renato, em casos de mamas com consistência firme, ambas as técnicas funcionam bem.

Entretanto, na mama com consistência mais frouxa, colocar as próteses por baixo dos músculos não funcionaria muito bem. “Pode ocorrer de a mama ter uma queda e fazer um efeito de duplo colo, levando à necessidade de retoque da cirurgia”, aponta. “Nesses casos, indica-se colocar a prótese acima do músculo com revestimento de poliuretano, o qual possui um grande potencial de aderência ao tecido mamário”, completa. Já na prótese submuscular, o especialista explica que o silicone texturizado ou microtexturizado é o ideal, para não gerar desconforto para a paciente.

É preciso trocar as próteses?

Atualmente as próteses são feitas de gel coeso. Esse material tem um potencial de auto atração, o que elimina a necessidade de troca das próteses por desgaste, como ocorria até alguns anos atrás.  “É claro que existem alguns casos de pacientes que desenvolvem alguma patologia mamária e o mastologista orienta a retirada da prótese; outras pacientes têm a presença de contratura capsular, que é quando o corpo forma uma capinha ao redor da prótese isolando o contato dela com o restante do corpo. Essa capinha fica um pouco mais espessa e contrai, o que gera dor e deformidade da mama, impondo uma cirurgia para retirada da capinha e troca da prótese”, explica o cirurgião plástico. Salvo em casos isolados como estes, as próteses de silicone possuem duração vitalícia.



Editora da revista Viver!, uma das mais importantes revistas de saúde do país. A publicação Sul capixaba circula mensalmente há mais de 17 anos.


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