Dor e sensibilidade são dois dos sintomas da tendinite no ombro

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A tendinite ou tendinopatia é a inflamação do tendão. No ombro, os tendões mais comumente inflamados são os tendões do manguito rotador e o tendão da cabeça longa do bíceps. Os principais sintomas são dor nos ombros, principalmente de noite, sensibilidade ao tentar alcançar algo acima da cabeça ou nas costas, dificuldade de dormir sobre o ombro afetado e fraqueza progressiva.

Segundo o ortopedista especialista em cirurgia de ombro e cotovelo da Clínica Ortotrauma, Arthur Beber, algumas profissões predispõem o indivíduo a desenvolver tendinite de ombro. “Profissões que precisam manter os ombros elevados por períodos longos de tempo como pintor, marceneiro, dentista, cabeleireiro, professor e atletas de arremesso, natação, basquete, vôlei e tênis são mais sucessivos a desenvolver a tendinite”.

De acordo com doutor Arthur, apenas com história clínica e exame físico realizado por profissional habilitado em atendimento em ombro, é possível diagnosticar o problema. “O médico buscará por sinais de dor e sensibilidade nos locais indicados pelo paciente, além de testar os movimentos que ele consegue fazer com os braços e ombros. Exames complementares podem ser necessários para confirmar o diagnóstico”, enfatiza.

Conforme o ortopedista, as principais causas da tendinite do ombro é a sobrecarga de movimentos sobre o mesmo, falta de alongamento muscular e postura inadequada dos ombros que diminuem o espaço destinado ao deslizamento dos tendões, causando atrito subacromial. Movimentos repetitivos, uso de computadores, tablets ou celulares causam a fadiga dos tendões, bem como a idade do paciente devido à diminuição do suprimento sanguíneo, atividades esportivas em excesso ou com técnica ou material inadequados também podem ocasionar a tendinite.

“O tratamento é através de medicamentos para combate da dor e do processo inflamatório, fisioterapia para melhora de posturas viciosas, alongamento e fortalecimento muscular, medidas antiinflamatórias e repouso da musculatura afetada”.

O especialista explica ainda que repouso e imobilização dos tendões afetados, aplicação de calor ou frio na área afetada, correções da postura e melhoria da ergonomia no trabalho, alongamento dos músculos envolvidos, fortalecimento muscular, respeitar o aviso da dor e adotar pausas durante o trabalho são algumas formas de prevenção.

Foto: Jonathan Lessa



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