Especialista em reprodução humana esclarece dúvidas sobre fertilidade

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Dra. Camila Matos e seu filho Arthur
Foto por Mariana Andrich

Muitas são as dúvidas quando o assunto é fertilidade – e também os mitos espalhados por aí. Para desvendar algumas das questões mais frequentes sobre o assunto, convidamos a doutora Camila Matos Poncio, médica especialista em reprodução humana da equipe da clínica Jules White, em Vitória (que este ano completa 25 anos de atuação no Espírito Santo). Confira!

  • Ter o útero retrovertido impede a gravidez?

Dra. Camila: Ao contrário do que muitos pensam, útero retrovertido (ou retroverso) não é uma doença, nem impede a gravidez. O quadro, que afeta cerca de 15% das mulheres, é apenas uma possibilidade natural de posição do órgão em que ele fica virado para trás, próximo ao intestino. Isso não prejudica a fertilidade, pois os espermatozoides conseguem percorrer corretamente o caminho até as tubas uterinas para realizar a fecundação.

  • No caso de mulheres que querem ser mães, mas optam por adiar esse sonho por motivos pessoais ou profissionais… O que pode ser feito por elas?

É muito comum que as mulheres tenham o desejo de engravidar, mas escolham esperar mais um pouco. No entanto, sabemos que a capacidade reprodutiva vai diminuindo com o passar do tempo. Pensando nisso, a técnica de vitrificação de óvulos para preservação da fertilidade surgiu para dar a elas a oportunidade de adiar este sonho.

  • Qual a relação da cor do sangue menstrual com a fertilidade feminina?

O organismo encontra diversas formas para se comunicar. Uma delas é através de diferentes cores da menstruação. Quando ela se encontrar com a tonalidade mais amarronzada, significa que a taxa de progesterona está baixa. Isso pode ser um problema para as mulheres que desejam engravidar, por isso é importante sempre ficar alerta e consultar um especialista.

  • Para quem a fertilização in vitro é indicada? Como funciona?

Trata-se de um dos procedimentos que pode ser utilizado em certos casos de infertilidade. Como alguns problemas estão ligados ao espermatozoide, ao óvulo ou ao desenvolvimento do embrião, este método reproduz o estágio inicial da fertilização do óvulo pelo espermatozoide em laboratório, por isso o termo “in vitro”. Assim, o embrião gerado é inserido diretamente na cavidade uterina, aumentando as chances de conseguir a gravidez.

  • Existe algum método que ajude a visualizar a janela de implantação do embrião?

O teste ERA, sigla inglesa para Teste de Receptividade Endometrial, avalia se o tecido interno do útero está ou não pronto para receber um embrião. Com isso, é possível descobrir o momento ideal de implantação para cada mulher, sendo mais eficiente nos procedimentos de fertilização.

  • Como funciona o congelamento de tecido ovariano?

Este é um método novo que, apesar de ainda ser experimental, tem tomado grandes proporções e dado esperança a algumas mulheres. Indicado para quem precisa se submeter a tratamentos que podem comprometer a fertilidade, ele veio para auxiliar na oncofertilidade. Nele, os médicos extraem parte do tecido ovariano antes da terapia e o congelam antes de iniciar a terapia. E, quando as pacientes estiverem aptas e quiserem, podem receber o ovário de volta. O método ainda está sendo testado nas universidades e não está disponível nas clínicas, mas já é um grande passo para esse sonho.

Tecnologia eficaz

A Clínica Jules White está sempre buscando o melhor para oferecer tratamentos cada vez mais eficazes. Por isso, além dos excelentes profissionais, tem equipamentos de alta tecnologia que estão devidamente certificados, como a Incubadora K-system G185. Ela permite cultivar embriões em condições semelhantes às das tubas uterinas, aumentando as taxas de gravidez. Consulte um especialista para saber mais sobre as diferentes técnicas de reprodução humana assistida.



Editora da Revista Viver! - Jornalista há mais de 15 anos, atua também na área de Marketing Digital como social media.


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