Fonoaudiólogo tem papel fundamental em dificuldades na linguagem

342

A aquisição da fala e da linguagem da criança acontece por etapas. A primeira delas é o balbucio. Em seguida, a criança começa a falar algumas palavras, montar frases, pronunciar todos os sons corretamente, e assim por diante. Vale ressaltar que se trata de um processo gradativo que não acontece da noite para o dia. Quando os pais ou a escola notam que há um atraso em alguma dessas fases, no entanto, vale a pena buscar a ajuda de um especialista.

Falando sobre os problemas mais comuns relacionados ao atraso na linguagem e na fala, a fonoaudióloga Renata Bandeira destaca os auditivos, neurológicos e respiratórios. “A deficiência na audição deve ser a primeira a ser investigada, tendo em vista que mesmo que a criança tenha feito o teste da orelhinha ao nascer, otites (infecção) de repetição e outras doenças podem afetar a audição e, consequentemente, a fala”, explica.

No que tange aos problemas respiratórios, como rinite e outras doenças que fazem a criança respirar de boca aberta, a profissional esclarece que prejudicam o tônus (a força) muscular. Consequentemente, as palavras não são pronunciadas corretamente. “O mesmo pode ocorrer, inclusive, por causa do uso exagerado de chupetas e mamadeiras”, revela.

 

Orientação e estímulo

Conforme explana a fonoaudióloga, muitos casos de atraso na linguagem não exigem um longo tratamento, apenas uma orientação aos familiares para estimular a criança adequadamente no dia a dia. Em vez de dar tudo de imediato, por exemplo, eles terão de aprender a esperar que ela peça, e não apenas aponte o que quer.

“A linguagem, o pensamento e a fala estão interligados. A falta, portanto, pode interferir no desenvolvimento como um todo. Aos três anos de idade, uma criança já é capaz de falar do passado. Mas se só sabe apontar, como é que vai aprimorar a comunicação?”, reflete a profissional.

Foto por Erika Medeiros



Editora da revista Viver!, uma das mais importantes revistas de saúde do país. A publicação Sul capixaba circula mensalmente há mais de 17 anos.


Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *