Saiba quais são as opções de tratamento para o vitiligo

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O dermatologista Pedro Vale – foto por Erika Medeiros

Doença dermatológica caracterizada pela perda da coloração da pele, o vitiligo acomete cerca de 1% da população. Compromete de modo semelhante homens e mulheres, especialmente entre os 10 e 30 anos de idade. As lesões cutâneas de hipopigmentação, ou seja, manchas brancas na pele com uma distribuição característica, surgem devido à diminuição ou ausência de melanócitos (células responsáveis pela formação de melanina, pigmento que dá cor à pele).

“Vale ressaltar que não se trata de uma doença contagiosa, além de não trazer prejuízos à saúde física”, expõe o dermatologista Pedro Vale Machado. “Apesar de as causas não estarem claramente estabelecidas, fenômenos autoimunes parecem estar associados ao vitiligo. Além disso, alterações ou traumas emocionais podem estar entre os fatores que desencadeiam ou agravam a doença”, diz.

Doença autoimune, o vitiligo não tem cura. É uma doença crônica e sua progressão depende de fatores genéticos, ambientais e psicológicos. Conforme orienta o especialista, pacientes devem evitar fatores que possam precipitar o aparecimento de novas lesões ou acentuar as já existentes, como usar roupas apertadas, ou que provoquem atrito ou pressão sobre a pele, e diminuir a exposição solar. Controlar o estresse é outra medida bem-vinda.

As lesões provocadas pela doença podem impactar na qualidade de vida e na autoestima. Por isso, na maioria casos, recomenda-se o acompanhamento psicológico, que pode ter efeitos bastante positivos nos resultados do tratamento. “O diagnóstico deve ser feito por um dermatologista, o qual irá indicar a medida terapêutica mais adequada”, salienta o médico.

O tratamento varia conforme o quadro clínico de cada paciente. Há opções de tratamento oral, tópico (cremes e pomadas), fototerapia, cirurgia, transplante de melanócitos, entre outras ainda em estudo. “Muito cuidado com medicamentos ditos milagrosos, fórmulas ditas naturais e receitas dadas por leigos, pois podem levar à frustração e também a reações adversas graves”, alerta o dermatologista. “É importante lembrar que a doença pode ter um excelente controle com a terapêutica adequada e repigmentação completa, sem nenhuma diferenciação de cor”, ressalta.



Editora da revista Viver!, uma das mais importantes revistas de saúde do país. A publicação Sul capixaba circula mensalmente há mais de 17 anos.


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