Sintomas da TPM fazem parte da vida de cerca de 90% das mulheres

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A ginecologista e obstetra Carolina Martins Xavier – Foto por Erika Medeiros

Muitas mulheres em algum momento da vida já se pegaram dizendo: “Estou com TPM”. Mas afinal, do que se trata a tão famosa fase que atinge, segundo as estatísticas, cerca de 90% das mulheres? “A TPM, como é conhecida, é caracterizada pela presença de sintomas físicos e emocionais/comportamentais que se repetem todo mês, geralmente a cada 28 a 35 dias, próximos à menstruação”, explica a ginecologista e obstetra Carolina Martins Xavier.

Conforme elucida a especialista, também é possível que a TPM ocorra em mulheres que foram submetidas à retirada do útero com preservação dos ovários e até mesmo na fase de transição para a menopausa. “Trata-se de um quadro que gera impacto na qualidade de vida, com consequências pessoais, profissionais e sociais. São inúmeros os sintomas, dentre eles, irritabilidade e inchaço abdominal (os mais comuns), acessos de raiva, tristeza profunda, dor nas mamas, dor de cabeça, inchaço nas mamas, cólicas, fadiga, ‘fogachos’, entre outros”, enumera.

De acordo com doutora Carolina, algumas mulheres podem apresentar um quadro mais intenso, especialmente comportamental. Pode-se sentir: dificuldade de concentração, mudança no apetite, intensa fadiga, alteração no sono, raiva, irritabilidade e tensão mais exacerbadas. “Esses casos caracterizam o que chamamos de Transtorno Disfórico Pré-menstrual (TDPM), que por suas próprias características, é considerado como transtorno psiquiátrico e deve ser bem avaliado para se diferenciar da depressão no momento do diagnóstico”, aponta.

O diagnóstico da TPM ou do TDPM, conforme destaca a ginecologista, é clínico. “Normalmente não são necessários exames laboratoriais para sua confirmação, exceto em alguns casos em que se suspeita de outras doenças que causam mesmos sintomas”, afirma. Quanto ao tratamento, ela esclarece que é realizado de acordo com cada caso, considerando a intensidade do quadro e desejo da mulher.

“O tratamento pode ser medicamentoso, psicoterápico, dietético e com terapias alternativas, como acupuntura. Nos casos mais severos, pode ser necessário acompanhamento psiquiátrico conjunto”, expõe a especialista. “Independentemente do grau da TPM, quando a mulher se sente incomodada com tais sintomas, é importante que procure por um ginecologista, que é bem qualificado para diagnosticar, acompanhar e tratar quando necessário”, completa.

 

Dra. Carolina Martins Xavier – Ginecologista e obstetra, atende na clínica Gastrosul, localizada na Rua Dr. José Paes Barreto, 01 – Centro – Cachoeiro de Itapemirim. Telefone: (28) 3631-7776. Instagram: @dracarolina_xavier



Editora da Revista Viver! - Jornalista há mais de 15 anos, atua também na área de Marketing Digital como social media.


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