Saiba quais são os gatilhos para a depressão na terceira idade

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Depressão não é normal na velhice! Com o passar dos anos, o transtorno depressivo tem ganhado destaque na sociedade em todos os níveis de idade. E para a terceira idade não é diferente, pois a depressão também está presente. Porém, segundo a psicóloga Carla Roberta do Nascimento Vargas, envelhecer não é um processo que precisa vir acompanhado de tristeza profunda. Pode-se chegar a velhice de forma prazerosa e satisfeita.

Mas o caminho não é fácil. “Muitos são os fatores que contribuem para que a depressão se manifeste, dentre eles tem-se as mudanças físicas, como limitações na visão, na audição e outras, as questões financeiras, aposentadoria e todos os lutos que foram vividos no decorrer da vida”, elucida a psicóloga.

A profissional ressalta que depressão não pode ser confundida com um estado de tristeza. Ela vai muito além de se sentir triste. “Os sintomas associados são perda de interesse em coisas que antes eram prazerosas, alteração no sono e no apetite, dificuldade de concentração, sentir culpa, pessimismo, ideias negativas e, até mesmo, vontade de sumir ou morrer”, diz.

Esses sintomas aliados a outros, por um certo período, devem ser observados com mais cuidado por familiares e pessoas próximas, pois, nesse caso, está chegando a hora de buscar ajuda de um profissional. Além do tratamento medicamentoso, é importante que se tenha o acompanhamento psicológico.

De acordo com Carla, o tratamento pode ser feito sobre diversas abordagens da psicologia, como por exemplo, a psicanálise e a terapia cognitiva comportamental. “Todas buscam o mesmo objetivo, que é ajudar o paciente a ter um novo olhar sobre as situações vividas, mostrar que novas possibilidades existem e que não se chegou ao fim de tudo”, argumenta.

É importante frisar que o tratamento precisa acontecer ao mesmo tempo com medicamento e terapia. No que diz respeito a prevenção, o mais importante é a não exclusão; familiares e amigos precisam dar atenção ao idoso, mostrar que ele é importante e que tem valor”, finaliza a psicóloga.

Foto: Jonathan Lessa



Editora da revista Viver!, uma das mais importantes revistas de saúde do país. A publicação Sul capixaba circula mensalmente há mais de 17 anos.


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