Caracterizada pela dor e incômodo na região do ânus, a dor anorretal é uma das queixas mais comuns e relevantes que levam à procura de atendimento especializado. Muitas vezes encarada por leigos como uma “simples” hemorroida e “tratada” com uma pomada adquirida no balcão de farmácia, o problema pode ser mais sério necessitando de um tratamento mais complexo. Portanto, procurar um coloproctologista é sempre a melhor decisão para que haja uma avaliação correta.
Segundo o coloprotctologista e cirurgião geral Alcides Barata Filho, existem várias patologias anorretais que causam dor. Ao contrário do que a maioria pensa, porém, a hemorroida é a patologia que menos frequentemente causa esse sintoma. “A dor anorretal precisa ser bem avaliada”, reforça o especialista, explicando que entre suas causas encontram-se desde simples Trombos Hemorroidálicos até Câncer Anorretal.
Conforme elucida o médico, a causa mais frequente de dor é a fissura anal – seja ela aguda ou crônica. A patologia está muito relacionada ao hábito intestinal, mudança da frequência evacuatória, constipação com fezes ressecadas que machucam e causam dor ao evacuar.
“Encontramos também, dentre as causas, processos infecciosos anorretais e abcesso anal, os quais devem ser tratados cirurgicamente”, aponta. Doutor Alcides esclarece, ainda, que a hemorroida só causa dor quando há um caso de trombose, e que na maioria das vezes é tratada clinicamente.
Ainda de acordo com o coloproctologista, outras possíveis causas da dor anorretal são a criptite e a proctalgia fulgaz. Uma das mais importantes, por sua vez, é o câncer anorretal – principalmente o do canal anal, que muitas vezes inicia seus sintomas com dor, podendo surgir também sangramento. “É um tipo de câncer que atualmente possui tratamento clínico, com radioterapia e quimioterapia e, se tratado precocemente, tem excelentes resultados, não sendo necessária a intervenção cirúrgica”, explana.
O médico enfatiza a importância de procurar um especialista logo ao notar o sintoma a fim de obter sucesso no tratamento. “Infelizmente, ainda vemos que vários pacientes são tratados por curiosos, deixando passar a oportunidade de cura pelo retardo na procura de atendimento médico especializado”, alerta.
SER MÉDICO É…
“Para mim, é tudo na vida. Eu não me vejo, nem nunca me vi, fazendo outra coisa. Desde a adolescência eu já tinha esse objetivo. Eu vivo a medicina, gosto do que faço. A maioria dos médicos faz medicina porque realmente gosta e, portanto, faz um trabalho bem feito. Para ser médico, acima de tudo, temos que ser primeiramente humanos. Às vezes a gente chora com o paciente, afinal dar notícia ruim é sempre difícil. Além disso, ser médico é estar em constante evolução, é estudar a vida inteira e estar sempre se atualizando”.
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